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Show: Buena Vista Social Orchestra

  • Foto do escritor: Michele Costa
    Michele Costa
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

"Buena Vista Social é para todas as idades; todos se divertem", ouvi no passado. A confirmação da frase se deu no domingo de páscoa (20): o Teatro Celso Furtado, localizado no Distrito Anhembi, recebeu diferentes gerações para prestigiar o Buena Vista Social Orchestra. Sob regência e condução de Jesus "Aguaje" Ramos, trombonista, diretor artístico e compositor original do grupo, a banda celebrou os ritmos cubanos emocionando uma plateia tímida que começou a se soltar quando os primeiros acordes de "De Camino a la Vereda" iniciaram. 


buena vista social orchestra

Começando às 19h, com uma hora de atraso, Buena Vista Social Orchestra se desculpou com uma entrada triunfal: o palco se transformou em uma Havana de 1940, época em que os músicos se reuniam para cantar e dançar suas raízes. Além disso, o espetáculo homenageia os grandes nomes que estiveram à frente do Buena Vista Social Club, como Company Segundo, Ibrahim Ferrer, Rubén González e Cachaíto López. 


Com cadeiras marcadas, algumas pessoas ignoraram seus lugares para ficarem perto do palco. Assim, dois grupos se formaram para dançarem, cantarem e capturarem ótimas imagens. Aliás, os celulares ficaram guardados - o público focou em viver a experiência emocionante. 


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Com trajes elegantes, os músicos do Buena Vista Social Orchestra trouxeram uma performance ensaiada com breves improvisos, trazendo Cuba para as terras brasileiras. A voz de Geidy Chapman encantou a plateia, assim como Lorena Lázara, filha de Jesus "Aguaje", que surpreendeu no trombone. No entanto, foi com Luis "Betun" Marin que o público foi à loucura: acompanhado de seu bongo, o músico andou pelo teatro após fazer um solo para a plateia. A partir disso, a plateia entrou em êxtase com os cubanos.  


A apresentação contou com os principais clássicos do grupo cubano, como “Cuarto de Tula” e “Chan Chan”. Em todas as músicas era possível ver a emoção dos fãs, afinal, o Buena Vista Social se consolidou no mundo após o documentário de Wim Wenders. A química entre os músicos pode ser vista no primeiro momento; embora muitos dos integrantes originais já não estejam presentes, os novos membros mostraram respeito absoluto pela herança deixada por seus predecessores, sem deixar de imprimir personalidade própria às interpretações. 


O show não foi apenas uma viagem nostálgica: ele reafirmou a vitalidade da música cubana no século XXI. Em um tempo em que a música muitas vezes se torna descartável, testemunhar um espetáculo como este — pautado pelo respeito à história e pelo compromisso artístico — é um lembrete poderoso do que a arte pode representar.


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