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Arnaldo Antunes: abertura de processo em música

  • Foto do escritor: Michele Costa
    Michele Costa
  • 8 de abr.
  • 2 min de leitura

Escrever sobre Arnaldo Antunes é uma tarefa desafiadora, afinal, trata-se de um artista completo e multifacetado. Desde que iniciou sua carreira solo - oficialmente em 1993 com o lançamento do seu disco de estreia -, ele extrapola os limites da música: transita pela literatura, pela poesia e pelas artes visuais, utilizando também o corpo como meio de expressão. Justamente por essa complexidade, é natural que surja a curiosidade sobre seu processo criativo. Embora já tenha falado sobre isso em entrevistas, na última semana, o público teve a oportunidade de vivenciar de perto essa experiência com a abertura de processo em música, realizada no Galpão do Sesc Pompeia.


Após anos montando shows com sua equipe, o artista decidiu compartilhar o processo com o público, antes da estreia da turnê. Sem divisão entre palco e plateia, posicionando todos no mesmo plano, com as pessoas sentadas em volta da banda, num clima informal de conversas sobre os arranjos e o repertório de Novo Mundo (Risco, 2025).  Arnaldo conta o que o levou a fazer a abertura de processo em música e como os ensaios, com a interação do público, contribuirão para a concepção do show que iniciará no Circo Voador, no Rio de Janeiro, no dia 21 de abril. 


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Acompanhado por Kiko Dinucci, Curumin, Betão Aguiar, Vitor Araújo e Chico Salem, Arnaldo Antunes entra no palco sorrindo e dando boa noite ao público. A fumaça de gelo embaça o lugar quando o músico começa a conversar com a plateia sobre o ensaio. Sua equipe anda de um lado para o outro verificando fios e sons, enquanto Batman Zavareze analisa a luz a partir da concepção visual estabelecida por ele. 


O músico apresenta a banda, fala sobre o recém lançamento, a escolha das luzes e os diferentes figurinos que usará durante o show. Inclusive, a troca acontece no palco, porém, sem nenhuma informação sobre as cores escolhidas. Quando coloca um manto brilhoso, Arnaldo Antunes se destaca na abertura de processo em música, mostrando sua sensibilidade e poesia. 


Novo Mundo é o foco desta turnê. Dessa maneira, durante o ensaio, o músico tocou apenas dez faixas, deixando duas de fora para mostrar nos shows. Em seguida, ele avisa que a turnê contará com surpresas e convida o público para participar desse momento. "O Amor é a Droga Mais Forte", "Body Corpo", "Viu, Mãe?" e "Tire o Seu Passado da Frente" são tocadas, fazendo com que o Galpão tornasse pequeno para a potência do músico e sua banda. Não houve bis, mas Arnaldo despertou a curiosidade nos fãs que precisarão ir ao espetáculo para saber como o mundo do artista será finalizado. 


Após anos explorando um som mais minimalista e sentimental, o músico retorna ao dançante eletrizante, com guitarras e beats, em Novo Mundo. Com 12 faixas inéditas - repletas por parcerias -, o disco aborda as mudanças no planeta e no ser humano. 




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