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  • Foto do escritorMichele Costa

A névoa e imagens de Lucas Gonçalves

A distância entre São Paulo e Passa Quatro (Minas Gerais) é de 250km. Para fazer a viagem, é preciso pegar a BR-116. De acordo com o Google, a viagem pode durar até quatro horas; no entanto, em dias bons, sem trânsito, a distância fica mais curta - duas horas e meia. As paisagens podem parecer iguais, mas são diferentes. As montanhas são diferentes, assim como as névoas que as rodeiam; as nuvens dão um toque especial na paisagem. Natureza, casas simples e animais em pastos também estão presentes no decorrer do caminho. É preciso se concentrar (ou se conectar, dependendo do caso) para não perder os pequenos detalhes. Então, quando você chega ao destino final, é tocado por Minas Gerais de um jeito inexplicável.


Com uma área de 277,221 km², Passa Quatro está dentro do músico mineiro Lucas Gonçalves. Em "Verona" (Pequeno Imprevisto, 2021), segundo álbum solo, o ouvinte acompanha os passos de Lucas pela cidade que viveu durante muitos anos. A saudade de reviver momentos que não voltam mais (acentuado durante o isolamento social) se mistura com a vontade de ter vivido nos anos 70, onde o país era outro. A nostalgia, também presente no antecessor "Se Chover" (2020), se encontra com as imagens criadas pelo músico, que apresenta o seu município de forma poética.


A narrativa presente no álbum faz lembrar do Túnel da Mantiqueira, marco histórico mineiro que faz fronteira entre São Paulo e Minas Gerais. Assim como o trem que precisa dos trilhos para chegar ao seu destino final, Lucas precisou correr, se perder e revisitar memórias pelas serras mineiras para dar continuidade à sua própria narrativa. Com uma viagem que ultrapassa 70 minutos, que lembra Pink Floyd e Clube da Esquina, o músico chega vivo, com algumas cicatrizes, para cantar "Verona (.)" e colocar um ponto final em sua saudade. "Valeu pelo carinho / Na volta, Verona / Adeus."


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Como está sendo para você voltar aos palcos?

Nossa cara, surreal. Ainda mais que não voltou [por completo], apenas dos projetos que eu já fazia parte, fui dizendo “sim” pela necessidade mesmo de tocar, de como isso faz bem pra gente que vive disso - e também pela grana. Rolaram uns convites ótimos e estão sendo experiências maravilhosas. Agora, com a Maglore, hoje já tem o primeiro ensaio [terça-feira passada] e vai ser emocionante.

É estranho voltar?

[pausa] Engraçado… Foi. No primeiro show foi muito… Teve um impacto, sabe? Até quando eu fui fazer o primeiro show do meu solo, tava me sentindo tão em casa, fiquei zero nervoso, sabe? Até no dia do show, você já acorda meio tenso e fala: “nossa, tem uma energia toda” e aí aconteceu, fluiu. Acho que realmente era uma saudade, uma vontade de tá ali e ver que a gente vivia mesmo. Parecia um pesadelo a gente não poder tocar e agora tá sendo bem natural.

Agora dá para voltar a sonhar, né? Ou ainda não?

Total. Eu já tô assim, eu fico pensando nos projetos, eu queria fazer show dos outros discos que [estão] no Bandcamp, mas eu acho que sonho por aí também. De realizar novos discos. Eu sempre gostei de fazer discos, então, eu acho que eu sonho com isso. Quando eu tô criando, ali… Mora todo o som todo. Então, dá uma instigada mesmo, dá uma vontade de fazer mais coisas [para] levar aos palcos.


Em algumas entrevistas, você falou sobre o início da carreira solo, mostrando que seguiu de uma maneira natural. Em algum momento foi estranho estar sozinho, sem uma banda?

A carreira solo? [breve pausa] Eu acho que não, acho que tudo fluiu muito fácil, porque eu já ficava me gravando, ou seja, eu já tinha uma carreira solo, só não tinha lançado. Acho que foi o se lançar… Quando eu lancei o "Se Chover", foi estranho e teve toda aquela ansiedade de que vai batendo ao longo do ano, vai chegando no mês de lançar o disco, uma semana [para o lançamento], você fica… Cara, uma pressão! Mas eu sempre me gravei aqui em casa, gravando até umas músicas muito antigas, as primeiras composições, gravava todos os instrumentos, demorava, óbvio, pra pegar aquele ritmo… Sempre tive isso e deixei guardado essas canções. Aí, quando chegou o momento de decidir que iria lançar o disco, que foi "Se Chover", "vou lançar ele valendo! Em todos os streamings" - jogar esse jogo porque até então, eu lançava no Bandcamp e ficava lá. Então, acho que o estranho foi isso, na hora que a coisa tá acessível para todo mundo e tem gente falando do seu trabalho e você fica: "nossa, cara! Será que merece também tudo isso?" - me parece que é uma coisa tão sua e agora tá no mundo e é de todo mundo. Isso é muito louco, mas eu já me acostumei.


Quando você começou a lançar suas primeiras músicas, há muito tempo atrás, chegando até hoje, muita coisa mudou, né?

Sim.

Alguma coisa também mudou nos seus processos?

Ah, sim. Eu acho que essa experiência de gravar com banda foi alterando esses processos. Antes eu pensava muito regrado, eu gravava várias guias; eu escolhia dez músicas e gravava todas as guias no violão [corte na gravação], com aquele mesmo timbre, aquele mesmo som e tal, aquela mesma vibe ali. Aí, pô, "agora eu vou gravar todas as bateras" e deixava o microfone - e é essa a limitação dos microfones, de canais e tal - aí deixava tudo pronto e falava: "bom, vou gravar todas as baterias" - era quase um processo meio industrial. Isso, com banda, eu fui perdendo, eu acho que deixo fluir… Às vezes, gravo o violão por último, porque sei tanto a música que vou direto para a bateria. O processo é meio do que eu tô afim de fazer, do que quero fazer agora. Alterou a ordem dos instrumentos; a ordem dos músicos não altera o produto [risos].


Como foi lançar suas canções na pandemia? O peso aumenta?

Sem dúvida. Acho que é uma cobrança… Eu me cobro muito por ter uma comunicação muito transparente com o que estou vivendo e também do que quero comunicar para o mundo. Eu falei algumas vezes, no ano passado, "queria compor um prato de comida pra alguém que tá precisando", queria compor umas coisas muito necessárias e tals, mas eu não tenho como fazer isso, então, eu posso fazer música e aí eu fui entendendo o peso disso - eu posso fazer música e se a minha música vai tá ali para quem quiser ouvir, uma outra janela, um outro lugar… Eu também gosto de falar da realidade, de criticar muitas coisas, apesar de que no "Verona", eu deixei a saudade bater, eu tava falando da minha cidade, sem muito essa cobrança de "eu tenho que falar desse péssimo momento que a gente tá vivendo no Brasil", sabe? Eu tentei um alívio. No "Se Chover" ainda tem algumas músicas que tem uma visão mais crítica das coisas. Então, essa cobrança sempre vem e às vezes, eu consigo segurar, como aconteceu no "Verona" - "preciso falar disso, preciso falar da minha cidade". Já que eu não posso pisar lá, eu tenho que pisar lá através do disco, sabe? Mas sim, teve um peso maior em fazer música nesse período, mas a gente também não tem solução, a gente não consegue ver uma saída pra isso e parece que tudo já foi falado…

Sim! E tem críticas e mais críticas e outras críticas, parece que nunca é o suficiente.

Nunca é o suficiente e fica redundante ficar se repetindo… Algo que você também já fez em outro trabalho… Quer saber, cara? Deixa fluir a coisa, não vamos… A gente já se cobra o tempo todo em tudo, vamos deixar fluir… E se você não falar, talvez seja o alívio que alguém esteja esperando. Pô, tanta informação chegando, você só quer dar um play para viajar e é uma coisa boa.


Esse é o diferencial entre "Se Chover" e "Verona", né? Os dois discos são totalmente diferentes e ao mesmo tempo tem alguns aspectos iguais. Como foi a criação de um até chegar no outro?

Acho que o "Se Chover" foi quando eu decidi mesmo fazer o disco e aí eu peguei a data no estúdio, montei a banda - teve mais gente envolvida no processo e os dias para gravar eram super regradinhos e tal e isso contribuiu muito, porque você vai lá focado no trabalho… Eu tive tempo para escolher as músicas. Antes do disco, eu escolhi umas nove ou dez faixas que depois algumas saíram, outras novas chegaram. O "Verona" foi feito em casa, no meio da pandemia, naquela quarentena infinita… Cara, precisa fazer alguma coisa, então "Verona" não foi nem muito pensado, foi eu gravando as minhas músicas e de repente eu encontrei algumas canções irmãs ou primas que caberiam no mesmo projeto e foi acontecendo. Um foi mais pensado mesmo, planejado, e o outro foi a vida acontecendo, essa saudade que eu tava da minha cidade e também romantizando muitas memórias minhas na cidade e imaginando, me projetando em 1978, totalmente da minha cabeça. Acho que foi um disco que fluiu, foi nascendo e fui aproveitando e registrando.


Minas Gerais sempre impactou nas suas influências musicais?

Olha, eu tenho muito essas memórias de lá com música, era minha infância na casa dos meus avós. Às vezes, chegava folia de reis e meu avô tocava, que também era folião. Era esse ritual folk brasileiro pra caramba, onde a galera entra na sua casa e começa a tocar alto na sala e depois todo mundo vai comer alguma coisa, alguns tomam ali uns dedinhos de cachaça… A memória vai ficando musical, acho que lá rolava muito isso. Meu avô tinha instrumento em casa, então, quando eu ficava lá, eu pegava o instrumento sem ele saber e ficava tocando sem saber, tirando o som… Tem muito essa coisa da família, dos meus pais que sempre tiveram muitos cds, discos de vinil em casa e tinha a playlist da minha mãe com as canções que ela gostava de ouvir, as músicas românticas e ouvia muito alto aquilo… Meu pai ouvia [música] no fim de semana, quando chegava do trabalho; tomava uma cerveja e ficava ouvindo algumas vezes no carro, colocava um cd no carro e ficava ouvindo alto na garagem. Então, em si, sempre teve muito som e eu ficava fuçando nisso. Quando eu ouvi todos os cds lá de casa, fui na casa da minha tia que [ficava] na rua de cima e tinha uma coleção absurda também. Eu ficava: "tia, o que você tem do Ivan Lins?" e tinha cinco daqueles série "Millenium" repetido [risos]. Não tinha um disco de estúdio, mas eu pegava uns três e eu ia pro carro, quando eu queria ouvir música sozinho ia para o carro do meu pai e me trancava na garagem e ficava ouvindo, quando tinha letrinha no encarte, eu ficava acompanhando. Acho que conheci muita música ali, antes da internet. Até a [internet] chegar lá, eu ficava assim, fuçando nos cds da família toda.

Quando eu comecei a aprender tocar, tinha muito luau. Sexta-feira à noite, a galera sentava na praça tocando Legião Urbana, Ira, Capital Inicial e eu ia conhecendo música ali, na rua, com os amigos. Então, Minas tem, tem sim… Passa Quatro tem uma [influência] muito forte, tinha uns festivais que rolavam nos finais dos anos 70 e começo dos anos 80 e tem até algumas fitinhas de gravações de alguns festivais, é uma cidade bem rica nessa área de música e poesia.



Não sei se você vai conseguir me responder, porque é uma pergunta complexa, mas o que significa música pra você?

[pausa] Nossa, é…[risos] Acho que se confunde com oxigênio, sei lá… Pelo menos de energia… Música pra mim é uma energia, imagina uma coisa invisível que de repente cura alguma enfermidade ou uma coisa assim. Acho que música é isso, uma coisinha que tá em todos os lugares. A música que eu fiz ontem, que alguém fez ontem, tocou ontem numa banda ou sozinho, tá viajando, tá aqui na onda e isso impacta alguma coisa no universo, mas acho que é sempre uma boa energia - uma coisa muito pura. Quando a música vem de dentro pra fora [corte na fala] e vem tomando e nem precisa ser uma música original sua… Pode tá tocando uma canção tradicional, mas é aquela energia, cara, tá atravessando. Aquela energia de quando ela foi feita tá atravessando aqui, hoje. É uma coisa surreal! Eu não consigo muito dizer. Quando eu tô fazendo música, eu tô bem, só isso. Quando a gente tá ouvindo, acho que também se comunica com a nossa energia daquele momento. Às vezes, você vai ouvir Radiohead quando tá naquele momento [breve pausa], a galera procura e comunica. É uma coisa ancestral, parece que tá aqui antes de tudo.


Agora, voltando para "Verona", o que mais me chamou atenção foram os parênteses nas músicas. Existe alguma história por trás?

Não. Na verdade foi assim, quando surgiu essa ideia foi quando uma amiga que toca baixo comigo ao vivo, eu fui mostrar essa música, a primeira música do "Verona", que foi o embrião do disco, que é "Subir a Serra (saudade é que nem neblina)" e quando chega ali no refrão e fala: "saudade é que nem neblina", ela falou: "nossa, já tô vendo uma camiseta com esse escrito - ela elogiou, gostou do trabalho, gostou da gravação e aí fiquei pensando: "será que outra música tem isso também?". Em "Ver-a-cidade (outra praça de ser)" tinha outra praça de ser, aí fui fazendo… Tinham três [músicas] com isso [parênteses], então, para as outras, eu vou pensar, porque também achei que ficou bonito na estética e achei que foi um caminho, gostei, sabe? Uma coisa a mais.


A ponte entre os dois estados, começa na primeira canção de "Verona". A névoa já está lá, mas no decorrer da música, ela vai se acentuando. Vozes e sussurros surgem, lembrando que não é possível fazer uma ponte sozinho. São memórias ou vozes que estão presas na cabeça? "Como faz para não pirar de vez? / (...) Eu tô aqui, procurando o sol / (...) A fim de esquecer como a vida vai na terra." Qual a imagem que você faz em sua cabeça? Qual o próximo passo? Correr ou viver a neblina?


Suas letras remetem a imagens, remetem a neblina. Me lembrou muitas coisas, talvez o que a gente sempre quis viver no passado, que nossos pais viveram, e que a gente gostaria de ter vivido durante o isolamento. Como foi criar essa narrativa que vai muito além das letras?

Acho que é a instrumentação. Eu também tentei encontrar esse lugar muito coeso da instrumentação do disco. Teve um experimento que eu fiz e acho que me animei muito com o disco depois desse experimento com Pitch, ou seja, a tonalidade e o tempo da faixa de áudio e achei que isso trouxe um peso e uma elegância no som… Um certo peso que eu não conseguiria, porque eu não tenho um pré-amplificador muito bom, um microfone muito bom e tenho poucos canais para gravar. Então, nessa limitação e esse artifício de baixar o Pitch, deu um corpo pra obra toda. Aí eu fui fazendo isso e acho que isso dá uma envelhecida no som também, porque tira um pouco desse agudo, que é um agudo digital demais, então, o disco ficou parecendo que é um disco meio velho, um disco com uma qualidade de um artista mais velho, um vinil já meio gasto.

A gente volta para os anos 90.

É. Então, talvez a partir disso, já tenha um acesso nessa atmosfera do disco. Acho que musicalmente é isso, vou buscando muitos caminhos - não que eu vou testando, eu vou brincando com a música e de repente… O que eu busco é isso, é algo que me toque e que me faça já lembrar de muita coisa que eu já ouvi, que me marcou, alguma coisa da infância, algum jargão ou bordões que eu ouvia do meu avô e da minha avó, do meu pai… Eu faço muito com o que eu tenho e do que me dá saudade. Eu fico feliz quando isso transborda e… Por exemplo, você falando disso, sente que isso está presente ali e tal, eu acho que isso é a cara do sucesso, a coisa deu certo e de uma forma muito natural - eu só vou brincando e nessa estranheza me lembra uma coisa que eu ouvi ali e tal, na época, e deixa fluir.


Como foi compartilhar essas memórias, essas vontades, essa nostalgia, durante o isolamento social com o público? E agora que a gente pode voltar a se ver, ter um mínimo de vida, mudou o significado para você?

Sim. Acho que fazer muita canção de saudade, de amizade ou contemplando esses laços todos - acho que a vida é isso, um grande ritual. A gente divide esse lugar, a gente tem que tá próximo, a gente tem que tá trocando coisas; a gente tá aqui pra isso. Acho que agora voltou muito mais forte. Eu vejo as pessoas com mais carinho, vejo as pessoas mais próximas, sabe? A gente atravessou tudo isso junto, principalmente pessoas brasileiras! A gente vê que não é todo mundo que tem esse privilégio de ficar em casa, de ter o que comer, de ter minimamente tranquilo… Tenho um carinho por todas essas pessoas, seja dentro da nossa bolha ou fora da nossa bolha. A vontade é realmente sair distribuindo abraços, recebendo, trocando ideias, conversando e descobrindo mais sobre as pessoas… Sair mais com esse desejo, sabe? Acho que quero escrever mais essas histórias, falar menos de mim e falar mais do outro - os próximos trabalhos serão mais ou menos por aí.

É estranho falar de si em algum projeto?

Não. Acho que é um estranhamento, um certo egoísmo… "Por que eu vou falar dessa história que é tão minha?", mas pra mim é um lugar de terapia, sabe? Vou tirando aquilo de mim e vai indo para outro lugar. E existe a identificação também, né? Grandes canções foram feitas sobre si, era aquela coisa muito pessoal e a gente se identifica também - muitas histórias são parecidas também, algumas são iguais, elas se repetem… Acho importante. Por mais que eu faça canções pra mim, é o que eu sei, é o que eu vivi, tem muito isso, essa coisa da escrita, você ter vivido a coisa, você ter se aventurado e aí você escreve com propriedade sobre aquilo - e é também sobre se permitir, deixar acontecer. É que eu ainda uso muita poesia, eu vou permeando ali, eu não sei escrever de uma maneira tão direta, então, tudo parece meio que ficção, não sei [risos].

Tenho a impressão de que suas letras ficam mais fáceis, sabe? Lidar com a saudade, viver a nostalgia. Acho que a gente viveu nostalgia de absolutamente tudo e de absolutamente de nada. Talvez seja sobre: "ó, tá aqui, é isso, vive isso!"

É, é, é. De alguma maneira a gente mergulhou inúmeras vezes em nós mesmos, em nosso passado. Eu acabo escrevendo muito sobre o cotidiano, apesar de maquiar uma coisa ou outra.


As imagens se transformam enquanto os instrumentos tocam. Entre a guitarra, baixo e violino, as imagens vão se alterando, assim como Lucas. A nostalgia sai de cena e um ciclo foi fechado. "Adeus, Verona", ele canta. Tá na hora de subir nessa ponte e voltar para São Paulo, pronto para reencontrar pessoas e viver novas histórias. "Eu quero escrever sobre um Brasil que tá na rua e não mais ficar mergulhado em minhas memórias", Lucas diz no final da conversa pelo Zoom. Tomara que a gente consiga viver para ver essas novas pontes sendo construídas.

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