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Parade: um pingo pingando, uma conta, um conto

"Parade: um pingo pingando, uma conta, um conto" é a nova exposição da artista visual Yuko Mohri. Delicadas, porém potentes, as instalações da artista japonesa apresentam ideias como transitoriedade e impermanência, conceitos presentes na cultura nipônica, criando ecossistemas compostos por esculturas cinéticas e sonoras. A exposição estará disponível até 14 de novembro, gratuitamente, na Japan House São Paulo.


Para criar suas as obras que estão em exposição, Mohri inspirou-se em duas de suas principais obras: "Parade" e "Moré Moré". "Parade: um pingo pingando, uma conta, um conto" exalta a filosofia japonesa do "you no bi", ressignificando objetos e utensílios comuns em suas obras, ressaltando o belo no ordinário. O conceito, do filósofo japonês Soetsu Yanagi, valoriza a "beleza dos objetos cotidianos". Essa exposição é uma das colaborações da 34° Bienal de São Paulo - Faz Escuro Mas Eu Canto, que começa no dia 4 de setembro.


"Parade" consiste em uma máquina desenvolvida pela artista com ajuda de engenheiros, baseada em uma placa de prototipagem eletrônica de código aberto que lê os desenhos de uma toalha de mesa estampada com frutas coloridas. As imagens são traduzidas em correntes elétricas que percorrem diversos fios, provocando reações inesperadas como uma luz que liga e desliga, espanadores que pulam no chão, um acordeão que parece ganhar vida própria. Os objetos que compõem o trabalho são fruto das coletas de Yuko ao redor do mundo. Esse ecossistema criado pela artista foi inspirado no jardim botânico que ela costumava frequentar quando criança e onde observava a natureza semiartificial e sua transformação nas diferentes épocas do ano.


(Créditos: Jacqueline Trichard / Courtesy Project Fulfill Art Space and Mother's Tankstation Ltd.)


Ainda dentro das questões envolvendo a impermanência e a transitoriedade, temas recorrentes na trajetória da artista, a obra incorpora elementos da série "Moré Moré", na qual Yuko causa vazamentos propositais para, então, tentar obstruí-los e fazer com que a água circule novamente pelo sistema danificado. A ideia surgiu a partir dos registros fotográficos que a artista fez dos frequentes vazamentos de água no metrô de Tóquio, em 2009.


"Parade: um pingo pingando, uma conta, um conto" é uma releitura da artista de sua própria obra, uma versão tropicalizada feita a partir da relação estabelecida por ele entre os objetos de sua instalação e a letra de Tom Jobim.


Serviço - "Parade: um pingo pingando, uma conta, um conto"

Data: 31/08 a 14/11/2021

Local: Japan House São Paulo (2° andar) - Av. Paulista, 52 - Bela Vista, São Paulo

Reserva online antecipada (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/

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