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Conheça: Zambrotta

  • Foto do escritor: Michele Costa
    Michele Costa
  • 25 de jul.
  • 2 min de leitura

Após apresentar seu single de estreia "E Eu Lá Sei", o trio pernambucano Zambrotta lança o primeiro álbum Ensaio Sobre a Noite e o Dia, por meio do selo Downstage, com canções cheias de guitarras virtuosas sob roupagem experimental do rock noventista. Em 9 faixas, a banda explora diversos gêneros musicais, como post-rock, shoegaze, dreampop e noise.


Formada por Adner Andrade (voz), Lucas Emanuel (guitarra e voz) e Renan (bateria e voz), a Zambrotta canaliza, em suas canções, os fantasmas do passado e o enfrentamento do trio diante dessas sombras. O disco é o retrato violento e sincero do afeto entre três grandes amigos de infância, que demorou seis anos para nascer e compartilhar, com o mundo, canções-manifesto de suas próprias ambições criativas.


Zambrotta
(Créditos: Reprodução/Divulgação)

A obra, auto-contida em seu fazer artístico, retrata todas as fases do sonho médio de um artista que se coloca à margem de sua obsessão: a ingenuidade do sonho, o medo-impostor, os pesadelos materiais e a esperança da redenção.


"E isso fez total diferença, porque não estávamos mais representando sentimentos do começo da vida adulta, mas da nossa fase atual. Estávamos retratando a nossa própria dificuldade em continuar existindo, de fazer e sonhar com arte. Desde a ansiedade do começo, passando pela dificuldade de conciliar a produção com uma vida de trabalho precarizado, à insegurança de investir em algo sem retorno financeiro", enfatiza a Zambrotta.


Apesar de algumas tracks terem referências muito características de subgêneros mencionados, a obra como um todo, em termos sonoros e estéticos, experimenta em cima da narrativa que cada canção exige, com nuances distintas de arranjos e timbres, isto é, do introspectivo ao efusivo (com moderação), da sutileza ao ruído.


"Em cada canção estaríamos 'ensaiando' experimentalmente sobre como lidamos com os sentimentos que cada música nos trazia no decorrer do tempo. Isso nos deu liberdade também de profanar as nossas próprias referências musicais, subvertendo muitos padrões de cada gênero e fazendo algo que acreditamos ser puramente nosso", comenta o vocalista Adner.



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