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  • Foto do escritorMichele Costa

16º Virada Cultural: Tudo de Arte, Nada de Aglomeração

Mesmo com a pandemia, a Virada Cultural está de pé. Esse ano, a 16º edição do evento será online, sob o tema "Tudo de Arte, Nada de Aglomeração" e acontecerá nesse fim de semana (12 e 13 de dezembro). São mais de 400 atrações, entre atividades online e algumas atrações presenciais na rua e em teatros, centros culturais e bibliotecas, distribuídas por todas as regiões de São Paulo.


Com o investimento de R$ 6 milhões, o evento celebra a pluralidade nas mais diversas linguagens artísticas para todas as idades, com programação interativa que conta com rodas de conversa e debates.


Música

A 16º Virada Cultural conta com shows incríveis para todos os gostos, transmitidos direto do palco do Theatro Municipal. Destacam-se: Elza Soares e Flavio Renegado, Criolo, Arnaldo Antunes, Elba Ramalho, Gloria Groove, Rennan da Penha e MC Kekel, Mart’nália, Fabiana Cozza e Orquestra Sinfônica Municipal de São Paulo.


Para os fãs de festinhas, o Clube em Casa reúne os principais DJs cidade em apresentações musicais online, com cenário de algumas casas de shows, como é o caso da Aparelha Luzia, Casa Caracol, Casa da Luz, Casa do Mancha, Fatiado Discos, Mundo Pensante, Prato do Dia e Tokyo.


Já o Palco Piano, percorre a cidade com mais de 13 pianistas se revezando na execução integral das 32 sonatas de piano de Beethoven que foram compostas entre 1795 e 1822, totalizando uma obra prima de 10 horas e 12 minutos. A exibição será online, marcando a comemoração de 250 anos do gênio da música.


O Jazz na Kombi também estará presente na Virada Cultural! Criado por músicos amantes do ritmo, o projeto tem o objetivo de desenvolver o gênero em seu lugar de origem, ou seja, a rua, ocupando espaços públicos. O Jazz na Kombi nasceu numa das escadarias da Praça Roosevelt em 2014 e desde então, vem ganhando espaço nas ruas de São Paulo.


No domingo (13), a banda Statues on Fire se apresenta presencialmente, às 14h, na Casa de Cultura do Butantã. A casa recebe até 50 pessoas, de máscaras, seguindo todas as orientações de especialistas. O show também será transmitido pelo Youtube.


Para finalizar a área musical, a Virada Cultural conta com uma intervenção de Itamar Assumpção, proposta dos coletivos Transverso, Paulestinos, Casadalapa e RaulZito, na fachada do Centro Cultural da Penha. A apresentação acontece no domingo, às 17h, e será transmitido pelo Facebook @centroculturaldapenha e no Museu Itamar Assumpção (MU.ITA).


Intervenções urbanas

Na instalação Anhangabaú, um rio de luz e resistência, do Studio Visualfarm, ocupará a nova fonte do vale com projeções, música, dança e arquitetura. Com direção artística de Alexis Anastasiou, a instalação acontece das 19h de sábado às 4h de domingo, ininterruptamente, com projeções, imagens e texturas nas árvores e na fonte do vale. Aproveitando o local, acontecerá apresentações da Dança das Turmalinas Negras, grupo de performance paulista formado por garotas pretas. As apresentações serão feitas em dois momentos: com a fonte ligada e desligada, criando um diálogo entre corpos humanos, tecnologia e água.


Já o projeto Empena Feminina faz a ocupação Resultante Peso, realizando intervenções urbanas em seis empenas que rodeiam o Minhocão. Serão projetados 10 trabalhos de dez mulheres diversas e uma apresentação online, em tempo real, com mulheres convocadas para participar nas redes do projeto. A proposta é discutir os diferentes pesos, tanto o físico imposto por uma sociedade patriarcal como o poético e simbólico.


Para discutir o aumento da violência à mulher durante o isolamento, 6 mulheres de várias regiões do país, etnias e condições sociais se colocarão de pé por quatro horas. Com a cabeça coberta de argila, elas recebem pingos d’água constantes, que vão desmanchando do decorrer da atuação num loop de 24 horas. A performance Mulheres em Quarentena reflete o que restou do barro silenciou a mulher.


No Jaraguá, 12 indígenas participam do Grafitaço, no entorno da reserva dos índios Tekoa Pyau, em intercâmbio com outros artistas, em uma ação coletiva que convida para a reflexão sobre a memória, existência e diversidade indígena.


O meio ambiente também é tema de intervenções urbanas. Em Olhar da Onça, criada pela artista e curadora Andreia Duarte, aliada há 20 anos à causa indígena, projeções sob a perspectiva da floresta, de líderes e de artistas indígenas, dominarão os prédios de São Paulo. Já a instalação Mata, proposta pelo Midiadub, estúdio de produção criativa interdisciplinar formado por artistas, designers, storytellers e desenvolvedores, recria a destruição provocada pelas queimadas na Amazônia por meio de softwares 3D e uma trilha sonora imersiva.


Acrobatas, danças e circo também fazem parte da Virada Cultural. Para animar os paulistanos, o evento conta com a Cia K e Grupo Ares.


Moda também será destaque no evento. Na performance de Do Palco às Ruas, o público poderá acompanhar, do Centro Cultural São Paulo, a realização de ensaio de moda e de vídeo com figurinos de produções líricas e de dança do Theatro Municipal de São Paulo, com 80 figurinos de montagens como Dama das Camélias, Paraíso Perdido, Sagração da Primavera, Madame Butterfly, Turandot e Orfeu.


Já o Drags na Rua convida drag queens para paradas e apresentações de lip sync, sincronia labial, trazendo a cultura das boates LGBTQ+s para as ruas, enquanto o Omolu Atotó - Ritual de cura da cidade em 3 pontos se faz presente através da dança, dos corpos negros, da música e de contações de história sobre a cultura afro-brasileira.


Literatura e linguagens

Com o objetivo de compartilhar e refletir sobre as perspectivas indígenas e negras na literatura, o evento traz a Virada Cultural das Bibliotecas, que aborda projetos de exposição em vídeo mapping que levam a literatura para além dos muros. A Biblioteca Mário de Andrade apresenta o projeto Coro de Vozes, intervenção online com 50 autores e autoras de diferentes origens, gerações, regiões e estilos que gravaram vídeos com a leitura de trechos inéditos ou escritos nos últimos meses.


O Festival Sem Barreiras, parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), destaca o trabalho de 19 artistas das mais variadas linguagens, como o samba, o rap, o teatro e a fotografia, para dividirem com o público a força da narrativa por um mundo mais justo.


Para conferir outras informações sobre a 16º Virada Cultural: Tudo de Arte, Nada de Aglomeração clique aqui.

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