Comandado por Daniel Furlan, Tropical Nada realizou na última quarta-feira, 14, o seu último show em São Paulo (pelo menos até o momento), no FFFront. Mesmo com chuva e frio, a banda, composta por Bento Abreu (baterista), Zé Ruivo (teclados), Bruno Serroni (violoncelo) e Dani Moraes (backing vocal), animou o público com as canções sarcásticas e cômicas. O projeto que surgiu despretensiosamente na pandemia caiu no gosto dos ouvintes, pois mostra as diversas facetas de Furlan (já exposta em filmes, "Choque de Cultura]", "O Irmão do Jorel" e "Falha de Cobertura") que brinca com o trágico durante as dez músicas. Dois exemplos são: "Você É um Piano Caindo no Topo de um Prédio Em Cima de Mim" e "Sexo Ruim". É curioso saber que o vocalista teve dificuldades para escrever músicas em português, já que qualquer estrofe de suas músicas é possível se identificar com as situações descritas. Antes do início do show, o local já estava cheio. Quando deu o horário, Bento pediu para os presentes subirem. O espaço é pequeno, mas acolhedor e quente, despertando o público. Tropical Nada inicia o show, mas quando está finalizando a segunda música, a casa de show sofre uma queda de energia. Após alguns gritos, Daniel puxa um breve papo com a plateia e agradece a presença de todos. A energia volta segundos depois (alguém no fundo grita que a queda foi na rua toda) e, assim, o show retorna. Além das canções de Tropical Nada, a banda reviveu os singles de Ócio, finada que acabou em 2018, e fez uma versão energética com rifles de guitarra de "Toxic, da Britney Spears. Em todas as músicas, o público cantou e gritou, além de fazer pedidos de canções para que a banda tocasse. O show segue a mesma narrativa do disco, ou seja, uma progressão apocalíptica sobre o fim de um relacionamento e toda a consequência após um término. O abismo se encerra, assim como a chuva na Vila Madalena.