Formada em 2015 em Juiz de Fora, Minas Gerais, a Legrand continua presente no cenário do rock alternativo nacional. Com letras que tratam as vivências e sentimentos presentes em jovens adultos, a banda alcança a maturidade em 1991 , segundo álbum da banda. Neste registro, que é a primeira parte do disco, Cyro Soares (bateria), Diego Neves (voz e guitarra) e Vinícius Fonseca (guitarra e synths) dão atenção as paredes de guitarra e aos riffs. Sucessor do debut Andares (2019), 1991 começou a ser pensado e estruturado antes mesmo da pandemia. Foram anos de planejamento, demos, erros e acertos até o resultado final. "Não queríamos dar um passo em falso sequer, então passamos o ano de 2023 inteiro entre planejamentos e acertando os detalhes de mixagem e masterização. O processo foi longo, complicado, o futuro era muito incerto, mas no fim de 2023 e início desse ano, tudo se alinhou, desanuviou e os detalhes que faltavam se acertaram.", explica Diego. O novo registro da Legrand dá start para um novo início, com maturidade. Por exemplo, há alguns elementos diferentes de qualquer coisa que já usaram, como cordas, por exemplo, remetendo muito às baladas noventistas ao estilo Oasis e The Verve. Nas letras, a Legrand expurga a contemporaneidade, isto é, aborda dilemas, dramas e pequenas vitórias do cotidiano. "No 1991 eu repenso mais a questão da raiva, do quanto é frustrante fazer parte de uma geração que parecia ter o mundo na mão e o futuro lindo como uma pintura do Klimt, mas o que nos foi dado como realidade é chegar aos 30 - e passar dele, como eu - tentando entender como é viver num mundo onde fomos reduzidos a números, horários e doses de antidepressivos", fala o também letrista Neves. O disco conta com as participações de João Calderaro (ex-baixista da banda) que gravou o disco, inclusive, em backing vocals de várias faixas. Luke Mello, produtor do disco, participa nas vozes de "Inferno", além da presença dos amigos da banda Varanda.