Em 2022, conversei com Claudinho Martins, Emerson Bernardes, Rafael Esteves e Rodrigo Carneiro sobre o cenário do choro no Brasil. Diferente de alguns artistas que centralizam o gênero musical para si mesmo, o Quarteto Pizindim quer democratizar o choro, ou seja, apresentá-lo em escolas, misturar com outros sons e divulgá-lo para novas gerações.
Inclusive, foi a partir dessa ideia que surgiu o terceiro álbum do quarteto, O Choro nas Bordas da Metrópole. Ele é resultado de um projeto que percorreu escolas dos quatro cantos da cidade de São Paulo no ano passado. O repertório é marcado por composições autorais inéditas de Esteves e Carnei, além de obras de autores contemporâneos que são referências para o grupo, como Marcelinho Montserrat, Milton Mori, Mauricio Carrilho e João Macambira.
Gravado ao vivo no Estúdio 185, realizado em parceria com a PiÔ produção e projetos e também registrado em vídeo, O Choro nas Bordas da Metrópole traz um olhar sobre composições contemporâneas, mostrando a atualidade e a renovação de gêneros musicais que fazem parte do DNA cultural brasileiro.
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Durante as 9 canções do álbum, é possível ouvir elementos da zona leste de São Paulo, característica presente nas canções disponibilizadas. Ao fazerem isso, o grupo conta sua história e compartilha a riqueza cultural que carrega com outras pessoas. Destacam-se "Chorinho Pro Heitor" e "Lembrando Laercio de Freitas", duas músicas que levam o ouvinte ao ápice.
O Quarteto Pizindim segue o caminho do mestre Pixinguinha, fazendo com que os meninos continue bons, fazendo jus ao apelido do artista.
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