Entre os dias 3 a 7 de setembro acontece, de forma online, a 15° edição de CineOP - Mostra de Cinema de Ouro Preto. Criado em 2006, o evento tem o objetivo de preservar o audiovisual, sua memória e história, tratando o cinema como patrimônio. O CineOP conta com 102 filmes de 15 estados e dois países (Brasil e Argentina), divididos em 33 sessões.
Para complementar, o CineOP contará com debates, comentários e outras atividades que enriquecem a experiência.
Mostra Histórica
Completando 70 anos de transmissão no Brasil, a televisão ganhou destaque na vida dos brasileiros, por isso, a CineOP vai refletir de que maneira um veículo de comunicação de massa efêmero e dispersivo teve, ao longo do período, momentos de invenção e ousadia que permanecem referenciais no audiovisual. O recorte feito pelo curador Francis Vogner dos Reis atravessa os últimos 40 anos com objetivo de pensar parte da intrincada trama que nos trouxe até este momento político, social e midiático em que estamos.
Mostra Contemporânea
Para longas e médias-metragens, Francis trabalha com a produção contemporânea brasileira que, de alguma forma, dialoga com o passado para reconfigurar questões do presente. Seja pelo documento, pela memória, pelo questionamento ou pela reflexão.
Já na Mostra Contemporânea de curta-metragens, com curadoria de Camila Vieira, a seleção de 11 títulos se espalha pelos recortes do Cine-Praça, Cine-Teatro e Cine Vila Rica, abrangendo diferentes modos de manifestações de processos históricos-sociais nas imagens cinematográficas e suas relações entre passado e presente.
Mostra Preservação
Dedicada a filmes do passado, a mostra da Temática Preservação de 2020 vai exibir a versão recém-restaurada do clássico “Pixote, A Lei do Mais Fraco”, de Hector Babenco, lançado em 1980. A restauração foi viabilizada pelo World Cinema Project, organização sem fins lucrativos fundada em 1990 por Martin Scorsese.
A sessão de curtas-metragens da Mostra Preservação foi preparada pela Associação Brasileira de Preservação Audiovisual (ABPA), com filmes das décadas de 1950 a 80 digitalizados em arquivos, cinematecas e iniciativas diversas, de forma a difundir e conscientizar o público sobre o patrimônio audiovisual brasileiro.
Mostra Educação
Na primeira sessão do recorte de filmes da temática educação, serão apresentados trabalhos audiovisuais que estão conectados com a pandemia: isolamentos, encontros e desvios possíveis, efeitos do afastamento nas relações sociais e de aprendizado, pela onipresença do vídeo como janela de comunicação e pelas necessidades de outros tipos de afetos.
Adultos, jovens e crianças, professores e cineastas, registram jardins, hábitos, partes e inquietações, ora como um documento audiovisual e histórico da pandemia, ora como um gesto de cinema brincante. Serão 3 sessões com 11 trabalhos selecionados especialmente para a CineOP e comentados e discutidos ao vivo a partir dessas perspectivas.
Outra série, são os 37 curtas-metragens produzidos no Brasil por educadores, estudantes e cineastas no contexto escolar e espaços não-formais de ensino, que serão também exibidos e comentados.
Cine-Escola e Mostrinha
Com curtas adequados para cada uma das faixas etárias montadas na seleção: entre 5 e 7 anos; 8 a 10 anos; entre 11 e 13 anos; e a partir de 14 anos, destaca-se o longa-metragem “Meu Nome é Daniel”, de Daniel Gonçalves, sobre o cotidiano do cineasta, portador de deficiência.
A sessão Mostrinha é composta pelo longa “Para’í”, de Vinicius Toro, que acompanha a história da menina guarani Pará, que mora com sua família na menor terra indígena do país.
Para assistir os filmes, acesse: https://cineop.com.br/
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